terça-feira, 25 de janeiro de 2011

Tempo de silêncio e gratidão



Olá amigos!

Passei tanto tempo em silêncio esperando o dia certo para compartilhar novamente com vocês.

Quase três meses e muito aconteceu desde o último post. Dia 24 de novembro do último ano recebemos a carta do gorverno americano pedindo mais documentos para o visto. Quase extamente um mês antes do nosso visto de turismo (6 meses) acabar. A nossa próxima resposta poderia ter sido rápida e antes do visto acabar a gente ficaria sabendo do resultado definitivo. Oramos e ouvimos de Deus para esperar e mandar os novos documentos com calma. Optamos também por voltar ao Brasil antes do nosso visto de turismo acabar. Saímos com o coração apertado do nosso apartamento e guardamos todas as nossas coisas na casa dos nosso amigos (praticamente família Rose e Nathan). Foi tudo tão corrido mas todos nos ajudaram. Conseguimos participar das festas de natal do nosso pequeno grupo, o Vini conseguiu tocar mais algumas vezes na igreja e eu ainda tive a oportunidade de fazer mais um curso, esse em Nova York, um sonho que aos poucos vou aprimorando.

Bom aqui estamos, agora no Brasil, aproveitando cada instante. Acredito que há tempo para todo propósito debaixo do céu. Quando fui embora, fiquei sabendo que ia ser titia, na hora pensei que não ia conhecer o meu sobrinho nem tão cedo, não só conheci como assisti e gravei o parto (Deus é muito bom!!).

Mas o motivo desse post é que ontem,  24 de janeiro deste ano (2011) nossos papéis chegaram lá no governo e agora vamos esperar cerca de 15 dias por uma resposta definitiva, se voltamos ou se vamos ficar... o que eu quero???

Quero viver a vontade de Deus para mim e minha família. O tempo nos EUA teve um saldo só de coisas positivas e só tenho motivos para a agradecer ao Pai. Agora e sempre o que queremos:

Guia-me Sempre Heloisa Rosa

Onde guiar-me, meu Senhor
Te seguirei por seu amor
É tua mão que me conduz 
Pôr-me ferida sobre a cruz

Guia-me sempre, meu Senhor
Guia meus passos, Salvador
Tu me compraste sobre a cruz
Guia-me em tudo, meu Jesus

Sigo sem medo, meu Senhor
Que me encheu do Seu amor
Sentindo perto a Sua mão
Posso cantar na escuridão

Guia-me sempre, meu Senhor
Guia meus passos, Salvador
Tu me compraste sobre a cruz
Guia-me em tudo, meu Jesus

Para o Teu reino me conduz
Pelo jardim ou pela cruz
Lá ficou morto o velho eu
Lá meu espírito reviveu

Guia-me sempre meu senhor
Guia meus passos, Salvador
Tu me compraste sobre a cruz
Guia-me em tudo, meu Jesus

Abraços 

Orem conosco durante esses próximos 15 dias!!

Poly e Vini

quarta-feira, 3 de novembro de 2010

Obedecer é melhor

Small Group da nossa igreja!


Passei um tempo distante do blog... muitos compromissos e tudo muito corrido. Estou estudando para ser técnica de enfermagem aqui nos EUA. Trabalhar dentro do hospital e aprender mais o inglês até conseguir tirar minha licença americana de enfermeira (é um longo processo). 

Passei aqui para compartilhar algo diferente.... o toque de Deus! Suas palavras transformam nosso dia e nossa vida. Hoje li uma palavra escrita pelo Gustavo (esposo da Ana Paula Valadão), que veio ao encontro do meu coração.  Ele falava sobre o versículo de Hebreus 12.1 “Portanto, também nós, visto que temos a rodear-nos tão grande nuvem de testemunhas (…) corramos com perseverança a carreira que nos está proposta”.  Na Bíblia, essa nuvem de testemunhas, homens e mulheres como, Ester, Noé, Abraão, Davi e muitos outros. Que enfrentaram dificuldades, oposição por obedecer ao Senhor e conseguiram vencer.  

O que mais me chamou atenção é que muitas vezes somos acusados por satanás, que nos mostra que tudo que passamos não vale a pena e seria melhor e mais fácil desistir. Mas é na história dessas testemunhas que conseguimos enxergar como é bom obedecer.  Elas nos mostram a vitória de Deus na vida daqueles que escolheram confiar e perseverar. 

"Toda vez que me sinto abatido ou com desânimo em meu coração, sou encorajado pelo testemunho dessas outras pessoas que  antes de mim já trilharam esse caminho, que nem sempre é fácil."  (Gustavo)

Muito confortante ler isso e entender nosso caminho aqui nos EUA.

Quero pedir aos amigos que continuem orando por nós. Suas orações e lembranças sempre aquecem nossos corações!

Poly

domingo, 10 de outubro de 2010

Conexão rápida



Ei pessoal, passei aqui rapidinho só pra contar como Deus é bom e conhece todos os desejos do nosso coração!

Essa última semana fiquei pensando em suco de goiaba todos os dias. Eu amo goiaba, e como já disse aqui em Omaha não tem. Procurei em todos os lugares e nada, fui numa casa de sucos aqui, mas lá só tinha uma vitamina com suco de goiaba (guava), abacaxi, banana e outras coisas. Tomei a vitamina mas ainda fiquei querendo só o suco. 

Na sexta-feira combinamos de sair com um casal de amigos Marcinha e Jerod (ela brasileira e ele americano). Passamos na casa deles antes de sair e ela nos convidou para entrar. Quando sentamos no sofá ouvi ela dizendo, fiz um suco para você, mas não sei se vão gostar. Advinhem??? Era o suco de goiaba que eu estava querendo tanto. E ainda era do Brasil (os pais dela trouxeram quando vieram da última vez). Para completar ela ofereceu alguns bombons que estavam num pote, mas disse que era os que ela e ninguém gostava. E advinhem outra vez??? Era o meu bombom de banana da garoto que eu amo tanto. hehehehehe

Foi uma noite ótima...grandes amigos!!! 

Tá mais que provado que nosso Deus também cuida dos pequenos detalhes. A resposta foi tão rápida!


*Ainda estamos na espera sobre a resposta do visto. Talvez essa semana! 

Abraços 

Poly

sexta-feira, 8 de outubro de 2010

Rotina e adaptação

Um amigo me disse hoje: é a característica do ser humano, se adaptar!

Já são 3 meses aqui em Omaha. No início moramos com Mateus, Mel e sua filha Olivia (tem a Bela também, uma cachorrinha). Vinicius começou a trabalhar na primeira semana que chegamos aqui. Ele trabalha todos os dias de 8 a.m até 5 p.m. Ele gosta muito; trabalha mais do que  no Brasil, mas é muito mais tranquilo. Vini trabalha em uma empresa de mármore e granito (o nome é BCS Brazilian Granite).

Essa é a família Faria, obrigada por todo suporte e carinho aqui em Omaha!



A Melanie (Mel), é americana e não fala português. Estar com ela todos os dias foi com certeza o que mais me ajudou em relação ao inglês. Eu me lembro como foi difícil no início, na noite anterior ao primeiro dia de trabalho do Vini eu nem dormi direito, fiquei pensando em como eu ia falar com a Mel sobre o almoço, entre outras coisas... mas Deus é perfeito. A Mel é uma pessoa maravilhosa, no primeiro dia ela me levou pra fazer compras no supermercado, me ensinou sobre as carnes, temperos, frutas e etc. Eu sempre consegui me comunicar, ela falava devagar e eu falava palavra por palavra até ela conseguir entender. Aprendi a cozinhar todos os dias com ela e sempre sobrava um tempinho para me ensinar as palavras mais difíceis do inglês (tipo Vowel), mas muitas vezes o silêncio reinava entre a gente. Outras vezes eu gostaria de conversar sobre tudo, contar sobre minha vida, e aí o inglês não deixava. Ah...também aprendi a jogar PHASE 10 com a Mel (os americanos adoram jogos de cartas, tabuleiros e eu aproveitei!). Depois de 3 meses posso dizer que entendo praticamente tudo que ouço e consigo me comunicar quase perfeitamente (fora o telefone...nunca entendo! Eles falam tão rápido!).

Voltando sobre a comida, aqui é tudo bem diferente. O café da manhã é muito grande,  uma refeição completa por volta de 10horas da manhã. Então nós lanchamos no almoço (14h) e no fim da tarde tipo umas 6 ou 7 horas, tem o jantar. Aqui sempre temos uma salada, carne e um acompanhamento tipo arroz ou purê de batata ou macarrão etc, não é como no Brasil que praticamente todos os dias temos arroz, feijão e etc. Você pode fazer isso todos os dias, mas não acontece na casa dos americanos e brasileiros aqui, então você acaba acostumando.

Supermercado aqui é coisa de outro mundo, tem tudo que você imagina, o Vini diz que alguns parecem shoppings. Em praticamente todos os supercados existe o "self check out": você passa sua compra, paga, coloca na sacola sem um operador de caixa, e ninguém fica vigiando se você vai roubar ou esconder alguma coisa : )) Aqui tem leite condensado, creme de leite, ninho e vários produtos americanos que amamos. Mas não tem goiaba, bombom de banana da garoto, requeijão, hambuguer congelado temperado, picanha (mas tem churrasco!)... Algumas frutas e alguns temperos são vendidos por unidade (each), por exemplo: alho é $0,50 each, abacate $1,99 ea, caro né? Esqueci de contar... Você encontra farinha no supermercado africano e Guaraná Antartica no mercadinho mexicano.

Pessoal, em várias cidades aqui nos EUA tem mercado brasileiro, em Kansas City perto de Omaha tem. Em Houston, Orlando, Boston e outras, você encontra tudo muito fácil!

Esse é o Bakers, mas nossa primeira compra foi no Walmart mesmo!




Fotinha da nossa dispensa...olha ali o creme de leite, leite condensado e o feijão em lata!!!




Eu queria lembrar e contar cada detalhe...mas são muitas coisas novas. Então ás vezes vou fazer alguns posts rápidos só pra contar algo diferente que vi e vivi. 

Adoro escrever aqui no blog (o post ficou gigante), fico imaginando minha mãe lendo tudo isso... Todo dia ela me pergunta: Poly tem o quê no supermercado aí? Como são as casas? 

**Orem com a gente sobre a resposta do visto, estamos calmos. Sabemos que Deus está no controle de tudo, é Ele quem comanda nosso barco!


Abraços pessoal!

Poly







quarta-feira, 6 de outubro de 2010

Parte III: partida e chegada


Continuação

No final, tudo foi uma grande correria, e mesmo assim fizemos dois grandes amigos antes de vir embora, Suellen e Patrick (nossos dentistas, obrigada pelo carinho).

Nossos pais nos abençoaram, igreja e amigos também. Foi e tem sido um período de grande comunhão com Deus. Vir para Omaha também representava um novo começo, o cumprimento de um sonho e de uma promessa. Existe ainda a parte do Vini sobre vários sinais que Deus estava mesmo completando mais uma obra em nossas vidas.

Fiquei sabendo poucos dias antes de vir embora que vou ser titia, chorei demais em pensar na possibilidade de não ver meu sobrinho nascer.

Saímos do Brasil no dia 25 de julho. Deixamos o aeroporto de Vitória com o coração partido despedindo dos nossos familiares e amigos! (Obrigada a todos que estiveram presentes naquela sexta-feira as 7 horas da manha). A viagem foi cansativa mas cheia de expectativas. Ficavamos pensando em como seria a cidade, a empresa que o Vini iria trabalhar, o clima e tantas outras coisas. Na alfândega tudo foi tranquilo, recebemos o visto até 25 de dezembro deste ano. Entramos com o visto de turismo, para aqui, nos EUA, dar entrada no visto de trabalho do Vini, o chamado L1. Toda a documentação foi enviada para o consulado e agora estamos esperando a resposta (Vini vai escrever depois sobre todo o processo do visto).

Chegamos em Omaha no dia seguinte. Mateus já estava nos esperando. Passamos para pegar as 4 malas no desembarque e... três delas logo vieram por aquela esteira, mas a quarta e com todas as minhas coisas, ficou em Chicago e so iria chegar em Omaha dois dia depois. Ainda bem que dessa vez a minha mala de mão tinha algumas roupas.

Quando saímos do aeroporto senti o calor mais intenso da minha vida: úmido e sufocante, pensei que aquele calor era impossível numa cidade tão fria e gelada como me contaram. Mas aqui e assim: 8 ou 80. O verão sufoca (40 graus) e o inverno mata (pelo menos é o que dizem, ainda nao pude comprovar).

Bom, agora começamos uma vida nova, preciso aprender quase tudo novamente, até falar...muitas coisas boas tem acontecido conosco até agora e outras muito difíceis, onde precisamos de lembrar do real motivo de estarmos aqui.

Abraços

Poly


terça-feira, 5 de outubro de 2010

Parte II: muita oração


Ei pessoal... vou logo continuar com a nossa história.


Eu sempre conversei com o Vini que eu iria para onde ele fosse, mas não sentia paz no coração em relação ao Canadá.

Certo dia Vini chegou em casa muito triste. Ele me disse que não poderíamos mais aplicar para o Canadá, pois, sua profissão foi excluída do processo. Era o fim, porque fazer o processo do Canadá através de mim seria muito difícil por causa do Inglês. Vinicius ficou muito abatido, parecia o fim de um sonho (pelo menos a curto ou médio prazo).

Nessa época eu estava procurando emprego em Vitória. Não conseguia nada, currículos pra lá e pra cá, provas, amigos e nada de emprego.

Certo dia entrei no Skype e como de costume vi o amigo do Vini conectado, o Mateus que morava em Omaha. Nesse dia falei com o Vini que ele precisava ligar para o Meteus e explicar porque não mandamos o convite de casamento para ele. O pai do Vini sofreu um grave acidente 30 dias antes do nosso casamento, perdermos o rumo de tudo. Muitos convites não foram entregues.

Alguns dias depois Mateus falou comigo no Skype, queria falar com o Vini, nessa oportunidade expliquei toda a situação do casamento e depois Vini ligou. Era uma possível proposta de emprego para trabalhar com ele nos EUA.

!!RESPIREM FUNDO!!

Aqui começou tudo, vimos que era algo sério, ficamos gelados, felizes, com medo e tudo isso junto. Começamos a orar, contamos somente para a mãe do Vini e decidimos não contar para mais ninguém até tudo dar certo. Ligamos para Flávia (missionária), e ela também nos orientou a orar e permanecer em silêncio.

Oramos juntos todos os dias. Mateus ligava sempre nos informando da situação e que precisaria do Vini trabalhando o mais rápido possível. Lembro do Mateus perguntando: Vini você está diposto a vir? Eu e Vini estavámos dispostos a deixar tudo: emprego, casa nova, presentes de casamento, família e ir.

Depois de tudo certo, contamos para toda a família e depois aos amigos. Não foram nem 2 meses até tudo ficar pronto: demissão do Vini, mudança (levamos todas as nossas coisas para casa dos meus pais em Guaçuí)...corações apertados...

Continua... e o próximo post já eh o fim da história! E também o início!!

segunda-feira, 4 de outubro de 2010

um Começo: Parte I



Começar é sempre difícil, antes de falar sobre nossa vida nova, preciso primeiro contar como chegamos até aqui.

A mais ou menos 7 anos atrás eu li uma palavra muito importante que veio para confirmar o que eu já sentia no coração.

"Pois Eu prometi dar-te os desejos do teu coração, e até as nações por herança?"

Li essa palavra no ano em que passei no vestibular em duas faculdades federais. Foi um ano difícil para os estudos, mas um ano de intensa dedicação ao Senhor. Passei no curso de enfermagem sabendo que um dia eu iria usar todo o aprendizado para os propósitos de Deus.

No primeiro ano de faculdade comecei a namorar o meu esposo Vinicius, ele já havia feito intercâmbio em 2001 nos Estados Unidos (Arkansas). Desde o início do namoro ele comentava sobre o sonho de um dia voltar e morar nos EUA, mas seria muito difícil. Começamos pensar ainda namorando em ir para o Canadá, através de um programa de pontos para imigração (Skilled Workers and Professionals). Conversamos sobre esse programa de pontos durante todo o namoro e noivado com familiares e amigos.

Antes de casar uma grande amiga nossa, missionária Flávia, nos visitou e disse para não comprarmos muitos móveis ou eletrodomésticos para nossa nova casa pois em breve estaríamos indo para outro país e que não seria o Canadá. (PAUSA - Como assim não o Canadá? Fizemos tantos planos!). Ficamos animados mas incrédulos afinal de contas o outro país que a gente pensava (EUA) era praticamente impossível conseguir tão rápido.

Casamos dia 31 de outubro de 2010. Passamos a lua de mel na Disney, Arkansas (onde o Vini havia feito intercâmbio) e em New York. Amamos e aproveitamos cada instante nos EUA.

Continua...

Vou ver se termino tudo ainda essa semana sobre nossa chegada até aqui!

Até mais...